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Ação Social Pela Cultura, Esporte e Lazer

sexta-feira, 26 de março de 2010

Punição não é a solução


Quando acordamos todos os dias nos deparamos com noticiários falando da violência, do crime organizado, de adolescentes cometendo atos infracionais. Essas noticias bombardeiam os canais de televisão, jornais impressos e outros veículos de comunicação. Pela correria do dia a dia dos brasileiros, dificilmente paramos para entender as causas dessa violência tão crescente em nossa sociedade, nisso ficamos a mercê de interesses da mídia burguesa que nos passa matérias tendenciosas. Penso que o senso comum é algo mais fácil de ser aderido, e os meios de comunicação utilizam disso para transmitir suas opiniões prontas, na qual apenas vamos engolir sem a digeri-las.

Quando se fala em presos e detentos no Brasil, geralmente estamos falando de pobres e negros. Para entendermos melhor essa lógica é preciso voltar a história para entendermos mais essa corrente que descrimina e puni. Até a década de 1940 cerca de 70% das pessoas estavam no campo, e em menos de um século essa lógica se inverteu e hoje temos mais de 70% das pessoas morando nas cidades. Essas pessoas vieram com a esperança de encontra uma oportunidade de emprego na evolução da cidade grande, nas industrias e na construção civil. Porem o centro da cidade nunca foi planejado para esses trabalhadores que tinham que se acomodar depois de um intenso dia de trabalho em barracos improvisados. E é a partir dessa lógica que começa a ser criadas as favelas, periferias e guetos no Brasil. E como disse anteriormente, a inversão de pessoas do campo para a cidade cria um fator social na cidade que irá dar base de toda nossa alegoria no decorrer do texto, que é o chamado desemprego. O desemprego é visto como uma coisa normal, o sistema capitalista nos transforma em exército de seres humanos, que no qual nos impõe uma lógica perversa de consumismo. Hoje uma criança pobre e negra vive como invisível em todos os cantos da cidade, querendo ser visto de algum jeito, tanto de uma forma de carinho quanto afirmar sua existência. O modelo capitalista no qual temos, resulta em uma exclusão social que deixa marca em uma sociedade inteira.

No Brasil o sistema prisional não tem a intenção de recuperar nenhum apenado. Essa minha afirmação é com base no crescente número de detentos que lotam todas as cadeias no Brasil, com base nos estudos do Departamento Penitenciário Nacional ( Depen )o Brasil tem mais de 150 detentos a cada 100 mil habitantes. E todos os anos é construído penitenciarias no nosso país .As penitenciarias tem um caráter punitivo. Não reeduca nenhum apenado, para que o mesmo venha a ser inserido novamente a sociedade. Nas penitenciarias os apenados são privados de todas as formas de necessidades básicas, como higiene e saúde. Mas não é só esses pontos que quero abordar. Há a superlotação, a insalubridade, a falta de humanização, a lentidão nos processos, a falta de expectativa para reconstruir uma nova vida quando sair da penitenciaria. Todas essas coisas matam um ser humano aos poucos, pois saem piores, porque não conheceram uma palavra chamada esperança para reconstruir uma nova vida.

Desde os primórdios da civilização em que encarceravam pessoas por “ferirem” a ordem estabelecida, ouve punição como base de corrigir a pessoa a qual atribuiu essa ferida a ordem. Nunca se pensou em reeducar, apenas punia. Um exemplo é a santa inquisição da igreja católica na idade média. Quem era oposto as idéias da igreja era punido e queimado na fogueira como forma de aprender a não ser rebelde. Um outro exemplo que posso citar também é a forma como as crianças eram tratadas no inicio do século 20 no Brasil. Só pelo fato de serem pobres elas já eram punidas e internadas em abrigos que mais pareciam depósitos de crianças. Elas ingressavam nesses depósitos de crianças simplesmente porque eram desvalidas e tinham que ficar guardadas ali como forma de preservar a ordem social. Como se nascer pobre fosse uma transgressão a ordem social. Esses pequenos exemplos moldam a forma como que o Estado tratam as pessoas que nascem já no abismo social, é excluído de todas as formas qualquer meio de recuperar esses apenados que lotam as cadeias brasileiras. E a violência cada vez mais cresce em nosso país. Nossas crianças desde muito cedo ingressam no mundo do crime por crescerem na marginalidade desde seu nascimento. Há questionamentos pela redução da maioridade penal aqui no Brasil toda vez que um adolescente comete um ato infracional contra um burguês, e a mídia cai em cima do tema para forçar a população achar que é a melhor saída reduzir a maioridade penal para diminuir os crimes. Ah detalhe todos os dias perdemos nossas crianças para o tráfico de drogas, para a exploração do trabalho infantil, para as ruas, para a exploração sexual, para o tráfico de seres humanos, etc. É uma inversão de valores que vem acontecendo, quantas e quantas crianças e adolescentes não perdem suas infâncias e ficam marcadas para sempre por uma ausência do Estado? Quem irá devolver o brilho de ser criança a uma criança que teve seus direitos violados desde quando ainda estava no ventre da mãe? São apenas algumas indagações que acho importante levantar nesse texto. O verdadeiro culpado pela exclusão social, por projetar um marginal em nossas crianças é a própria sociedade que exclui e puni todos os dias com as mais dextintas formas de descriminação e acabam passando relapsas frente a nossa infância. E quando vamos ver essas crianças elas já estão causando a violência na sociedade, nos faróis, nas ruas e apenas pediremos punição a elas, queremos que elas paguem por tudo que cometeram. Mas não pedimos a reeducação delas porque? Apenas queremos puni-las por um crime cometido e anular elas da sociedade como um produto descartável. Então a questão prisional é punitiva por um contexto cultural que ainda não aprendemos a lidar para recuperar os filhos dessa pátria que sofreram violações nas garantias de direitos. Temos leis super modernas, somos um país muito rico, porém a distribuição de renda e concentração de riqueza continuam a nos assombrar. A divida da injustiça não tem preço, o Estado nos deve paz, saúde, educação, lazer, trabalho e justiça. Mas nos paga com exclusão, fome, desemprego, miséria e propagação da pobreza. Poder para o povo pobre poder participar para propagar paz para pessoas da periferia.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ato " O Preço da Luz é um Roubo

Moradores da Ceilândia (DF) fazem entrega de autodeclarações na CEB
Ontem (23) um grupo de moradores fez a primeira entrega de autodeclarações da Ceilândia na Companhia Energética de Brasília (CEB). Com cartazes e gritos de ordem, cerca de 30 famílias daquela região foram até a distribuidora de energia protestar contra o alto preço pago pelos moradores residenciais e exigir a implantação da Tarifa Social de energia. O ato é fruto de um processo de preparação das lideranças e organização das comunidades para garantir esse direito.
No Distrito Federal as famílias pagam R$ 0,30 centavos ao Kw de energia enquanto a Vale do Rio Doce paga apenas R$ 0,04 centavos. “A população daqui é carente e entregamos as autodeclarações porque achamos injusto que uma empresa riquíssima como a Vale pague tão pouco pela energia consumida, enquanto os trabalhadores pobres como nós pagamos sete vezes mais”, afirmou Ricardo leal, articulador da Ação Especial pela Cultura, Esporte e Lazer da Ceilândia. Eles saíram da CEB com o número do protocolo de entrega e aguardam o desconto na tarifa já para o próximo mês, caso isso não acontecer, voltarão a protestar na distribuidora, declarou Leal.
Na Ceilândia vivem hoje cerca de 600.000 habitantes, em sua maioria descendentes de nordestinos que a mais de 40 anos vieram para a construção da capital federal. No entanto, depois da obra pronta, os operários foram obrigados a viver longe da cidade nova e, pela Campanha de Erradicações de Invasões (CEI) foram deslocados para a hoje chamada Ceilândia, uma cidade a 30 Km de Brasília.

domingo, 6 de julho de 2008

Arraiá ASPCEL - SDR

É isso ae galera depois de alguns dias sem postar. estou aqui de novo para falar sobre nosso 1º arraiá! Começou ontem e foi um sucesso, tivemos a apresentação da quadrilha Trapo Vei, varias barraquinhas, Dj nem tocando as melhores pra nossa comunidade e o principal nossa comunidade compareceu em peso para prestigiar nosso evento!
Ficamos muito felizes pelo Arraiá e de ter contribuído para um momento de cultura da nossa tradição nordestina brasileira! Nesse ultimo dia 04/07/2008 completou 70 anos que o Lampião foi morto, a constroversias e diversos relatos sobre a vida do maior cangaceiro no sertão brasileiro, sobre suas lutas, suas causas. Essa parte histórica deixo a critério de cada companheiro(a) que visitar o nosso blog.
Por enquanto é só galera hoje teremos o ultimo dia do nosso Arraiá ASPCEL - SDR estão todos convidados a se divertirem e participar dessa festa bonita que foi preparada com muita dedicação e amor a toda comunidade! Breve estaremos postando fotos do Arraiá!!!


ASPCEL - SDR

sábado, 7 de junho de 2008

Tupac Shakur


'Não digo que mudarei o mundo, mas garanto que iluminarei a mente que mudará o mundo. Portanto, mantenha a cabeça erguida, faça o que tiver que fazer, e, aí, eu renascerei em você!"

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Artigo 19 Lei 8.069/1990

Um Sonho, Uma Família

Já se passava das 22:00 horas de uma fria segunda feira na rodoviária do centro de Brasília, quando chega uma criança a uma senhora e lhe puxa a bolsa e sai correndo pela rodoviária afora, no caminho acaba sendo detido por dois homens que estavam por perto e acompanharam a cena do furto. Eles os seguram e tomam de volta a bolsa para entregar a senhora que vinha vindo atrás correndo gritando “ Não batam nesse menino, não batam nele por favor” a senhora chegou, pegou sua bolsa de volta e pediu para falar com aquela criança que aparentava ter uns 12 anos de idade, um olhar meio tímido, porém sofrido e roupas sujas. Então ela perguntou ao menino como ele se chamava, e ele respondeu que se chamava Vinicius, ela se ofereceu a pagar um lanche a ele na própria rodoviária e iniciaram uma longa conversa sobre a vida do garoto. Ele contou muito sobre a vida que levava, disse também a forma que chegou na rodoviária, disse que seu pai estava preso por ter roubado um mercado e sua mãe era viciada em drogas e batia muito nele, aí resolveu fugir de casa, disse também que só teria ido a uma escola 2 vezes em toda a vida e que tinha muita vontade de estudar, mas não teria como comer, roupas e nem sabia como iria conseguir ser aceito em alguma escola, pois não tinha nenhum documento, nem ninguém que falasse por ele. A senhora lhe perguntou como fazia para comer e o Vinicius respondeu dizendo que pedia para as pessoas, mas as mesmas não ligavam pra ele, nem ajudavam só viam ele como um drogado e um ser que deve ficar o mais longe possível das pessoas “normais”. No decorrer da conversa o Vinicius começou a chorar, disse que tinha sonhado em ir para a escola e brincando no recreio, correndo nos parquinhos e descendo no escorregador. Porque você não fica em um abrigo? Perguntou a senhora. Não gosto de lá, as vezes fico até alguns dias, mas sempre fujo, lá nos dizem a hora que devemos fazer tudo, do jeito deles e não querem nos ouvir, nem se dão o trabalho de saber o que realmente queremos. Terminaram de lanchar e se despediram. Ao chegar em casa a senhora comentou com a filha sobre o que tinha acontecido, a filha se chamava Natália tinha 23 anos e gostava muito de ler artigos sobre crianças e adolescentes, foi quando ela perguntou pra mãe dá idéia de adotar o Vinicius e poder tira-lo das ruas. A mãe meio assustada com a idéia ainda meio tímida falou: Como iremos criar essa criança? O abrigo não seria o melhor lugar pra ela? Claro que iremos criar essa criança com muito amor mãe, o abrigo não é o melhor lugar pra ela, você mesmo disse que ela já fugiu de lá algumas vezes, essa criança precisa é de muito amor, carinho, atenção e de uma família que a acolha e que o trate como uma criança deve ser tratada. Na semana seguinte foi a Natália e a mãe no conselho tutelar pegar informações para saberem como ficar com a guarda da criança, o conselheiro explicou como é o procedimento, falou também da importância daquela criança inserido em uma família e disse que o melhor lugar para a criança mesmo seria uma família. Saindo de lá as duas saíram em direção a rodoviária ao encontro do Vinicius, encontraram ele em um cantinho. Foram em direção a ele para conversarem e saber se ele queria morar com elas. Seus olhos encheram de lagrimas e respondeu que queria muito e que era o sonho dele ter uma família, passou na cabeça dele todos os sonhos que poderia realizar, coisas simples para qualquer pessoa que tenha uma boa condição, como estudar, tomar uma banho no chuveiro, andar de bicicleta enfim tudo que ele não tinha. Hoje 5 anos depois o Vinicius está com 17 anos, está bem na escola, contando historinhas, brincando na quadra de esporte na sua escola e sonhando com seus amigos que tinha na rodoviária encontrarem também uma família e tivessem a chance de viver em uma família, pois a família é o melhor lugar para uma criança e um adolescente viver com dignidade e com muito amor.



Toda Criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua famíliae, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivencia familiar e comunitátia, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

1º Arraiá Aspcel - SDR

Vem aí o 1º Arraiá Aspcel - SDR... Será nos dias 05 e 06 de Julho na Expansão do Setor'o apartir das 19:00hrs na Qno 19 Conjuntos 06 e 08... Teremos Barraquinhas com comidas tipicas, quentão, quadrilha e tudo sobre a cultura nordestina do nosso país...

Estão todos convidados para nosso arraiá Aspcel - sdr, vamos todos festejar a Festa de São Pedro, Santo Antônio e São João....

Venham e tragam suas familias para se divertirem!!!

Aspcel - SDR


É com Grande prazer que apresentamos a todos a ASPCEL - SDR ( Ação Social pela Cultura Esporte e Lazer - Sobreviventes de Rua ). Uma organização da sociedade civil da cidade satelite de Ceilândia que vem trabalhando com crianças, adolescentes, famílias carentes, presídiarios, mendigos iludidos ou sem ilusão, enfim com toda a periferia necessitada. Nós trabalhamos proporcionando cultura, atráves do Rap e Cultura Hip Hop, Lazer, Esportes, além de também ajudas com cestas básicas.


Estaremos postando e atualizando o blog todos os dias, então galera por favor entrem e ajude a divulgar o nosso trabalho.


O que Tortura não Mata só Fortalece!



Ricardinho Leal Articulador Aspcel - SDR (61) 81482245